Logo após o fim do Carnaval de 2024, uma polêmica envolvendo as secretarias de cultura do estado e do município chamou atenção do público que começou a duvidar se o diálogo entre as entidades estava realmente acontecendo. O secretário de cultura do estado, Bruno Monteiro, explicou que a comunicação aconteceu e possibilitou o desenvolvimento de algumas tarefas na festa.

 

“Esse diálogo possibilitou o desfile dos blocos independentes, porque havia uma recomendação do Ministério Público de não realização. Nós chamamos juntos os blocos, a prefeitura, todos os setores envolvidos, fizemos a mediação com o Ministério Público”, apontou o secretário.

 

Além disso, grande parte dos blocos Afro desfilaram com o patrocínio do Governo Estadual, pelo programa Ouro Negro, e o trio cedido pela Prefeitura. “Uma parceria que não chega a ser direta mas que viabiliza que as coisas aconteçam”.

 

“Nós entendemos que cada um é uma parte fundamental dessa engrenagem que é o Carnaval. A organização é da Prefeitura, mas não existe Carnaval sem o Governo do Estado”, apontou. Em seguida, o líder da pasta pontuou que mesmo sabendo de tudo isso, deve-se considerar que “estamos em ano eleitoral”.

“Nós temos toda disposição de trabalhar de forma tranquila, democrática e republicana para melhorar entendo a nossa responsabilidade. Mas assim, o diálogo tem que ser feito a partir de elementos da política”, pontuou.

 

Bruno Monteiro prosseguiu afirmando que quando são feitas críticas sobre a atuação política não devem ser levadas para o lado pessoal. “É necessário que todas as pessoas envolvidas tenham a mesma disposição de fazer um debate franco e político sobre isso, não é pessoal”.

 

Por fim, ele informou que trocou mensagens com o secretário de cultura do município, Pedro Tourinho, após criticar o posicionamento da Prefeitura sobre o Carnaval do Pelourinho. “Eu conversei com ele, me manifestei e depois ele se manifestou. Queria dizer que tenho uma relação de muito respeito com o Prefeito, com a vice-Prefeita, com o secretário municipal, que é meu amigo, mas isso é uma coisa que não interfere nas questões da política que a gente administra”, apontou.

 

“Fazer uma crítica política a alguma coisa, como eu fiz no Carnaval, por conta do Carnaval no Pelourinho, pela declaração do prefeito, não significa que a gente está atacando as pessoas, não significa que a gente está fechando portas, a política é assim, a democracia é assim, somos todos agentes políticos e temos que saber separar as coisas”, finalizou